As 5 Maiores Extinções Em Massa Períodos Geológicos E Espécies Sobreviventes

by BRAINLY PT FTUNILA 77 views
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As extinções em massa são eventos catastróficos na história da Terra que dizimam uma porcentagem significativa da vida no planeta em um curto período geológico. Esses eventos remodelam a biodiversidade, abrindo espaço para o surgimento de novos grupos de organismos e alterando o curso da evolução. Ao longo da história da Terra, ocorreram cinco grandes extinções em massa, cada uma com suas causas, impactos e legados únicos. Neste artigo, exploraremos esses cinco eventos de extinção em massa, destacando os períodos geológicos em que ocorreram, os principais grupos de organismos afetados e os grupos que conseguiram sobreviver.

O Que São Extinções em Massa?

Extinções em massa são eventos globais que resultam em uma redução drástica na diversidade da vida na Terra. Ao contrário das extinções de fundo, que ocorrem continuamente em um ritmo lento e constante, as extinções em massa se caracterizam por sua magnitude e velocidade. Para ser classificado como uma extinção em massa, um evento deve eliminar pelo menos 75% das espécies do planeta em um período relativamente curto, geralmente medido em milhões de anos ou menos. Esses eventos têm um impacto profundo nos ecossistemas e na trajetória da vida na Terra.

Causas das Extinções em Massa

As causas das extinções em massa são complexas e multifacetadas, envolvendo uma combinação de fatores geológicos, climáticos e biológicos. Algumas das causas mais comuns incluem:

  • Impactos de asteroides ou cometas: O impacto de um grande objeto celeste pode liberar uma enorme quantidade de energia na atmosfera e na crosta terrestre, causando incêndios generalizados, tsunamis, terremotos e um inverno de impacto prolongado, devido à poeira e aos detritos lançados na atmosfera, bloqueando a luz solar.
  • Atividade vulcânica: Erupções vulcânicas maciças podem liberar enormes quantidades de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono e dióxido de enxofre, na atmosfera, levando a mudanças climáticas drásticas, como aquecimento global ou resfriamento global, além de chuva ácida e acidificação dos oceanos.
  • Mudanças climáticas: Variações extremas na temperatura, nos níveis do mar e nos padrões de precipitação podem levar à extinção de espécies que não conseguem se adaptar rapidamente às novas condições ambientais. Essas mudanças podem ser causadas por fatores naturais, como atividade vulcânica ou mudanças na órbita da Terra, ou por atividades humanas, como a emissão de gases de efeito estufa.
  • Mudanças no nível do mar: Flutuações significativas no nível do mar podem inundar habitats costeiros, destruir ecossistemas marinhos e alterar as correntes oceânicas, afetando a distribuição de nutrientes e a temperatura da água.
  • Mudanças na composição atmosférica: Alterações na concentração de gases como oxigênio e dióxido de carbono na atmosfera podem ter efeitos profundos na vida na Terra, afetando a respiração, a fotossíntese e o clima.

Efeitos das Extinções em Massa

As extinções em massa têm efeitos devastadores na biodiversidade, mas também abrem caminho para novas oportunidades evolutivas. A remoção de grupos dominantes de organismos cria nichos ecológicos vagos, que podem ser preenchidos por grupos sobreviventes ou por novos grupos que evoluem após a extinção. As extinções em massa também podem levar a mudanças na estrutura dos ecossistemas e nas interações entre as espécies.

As Cinco Grandes Extinções

1. Extinção do Ordoviciano-Siluriano (443 milhões de anos atrás)

A extinção do Ordoviciano-Siluriano é a segunda maior extinção em massa da história da Terra, eliminando cerca de 85% das espécies marinhas. Ocorreu no final do período Ordoviciano e no início do período Siluriano. Acredita-se que a causa principal tenha sido uma combinação de fatores, incluindo uma glaciação severa, seguida por um período de aquecimento global, e mudanças no nível do mar.

Impactos

  • Organismos afetados: Trilobitas, braquiópodes, graptólitos e conodontes foram severamente afetados.
  • Grupos sobreviventes: Peixes, cefalópodes e corais sobreviveram, mas com diversidade reduzida.

Período Geológico

O período Ordoviciano foi marcado pelo surgimento de muitos grupos de invertebrados marinhos, incluindo os trilobitas, os braquiópodes e os cefalópodes. Os primeiros peixes vertebrados também surgiram neste período. O período Siluriano viu a recuperação da vida marinha após a extinção, bem como a colonização da terra por plantas e artrópodes.

2. Extinção do Devoniano-Carbonífero (375 milhões de anos atrás)

A extinção do Devoniano-Carbonífero, também conhecida como extinção do Devoniano Superior, foi uma série de pulsos de extinção que ocorreram ao longo de milhões de anos, no final do período Devoniano e no início do período Carbonífero. Estima-se que cerca de 75% das espécies tenham sido extintas.

Impactos

  • Organismos afetados: Corais, estromatoporoides, peixes placodermos e trilobitas foram particularmente afetados.
  • Grupos sobreviventes: Peixes ósseos, tubarões e anfíbios sobreviveram e diversificaram-se posteriormente.

Período Geológico

O período Devoniano é conhecido como a "Era dos Peixes", devido à diversificação dos peixes ósseos e cartilaginosos. As primeiras plantas terrestres vasculares também surgiram neste período, formando florestas exuberantes. O período Carbonífero foi marcado pela formação de vastas florestas de samambaias e árvores gigantes, que deram origem aos depósitos de carvão que exploramos hoje.

3. Extinção do Permiano-Triássico (252 milhões de anos atrás)

A extinção do Permiano-Triássico, também conhecida como a "Grande Mortandade", foi a maior extinção em massa da história da Terra, eliminando cerca de 96% das espécies marinhas e 70% das espécies terrestres. Ocorreu na transição entre os períodos Permiano e Triássico. Acredita-se que a causa principal tenha sido uma enorme erupção vulcânica nas Traps Siberianas, que liberou grandes quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera, levando a um aquecimento global extremo e à acidificação dos oceanos.

Impactos

  • Organismos afetados: Trilobitas, corais, braquiópodes, amonoides, insetos e muitos grupos de vertebrados terrestres foram dizimados.
  • Grupos sobreviventes: Répteis, anfíbios e alguns grupos de insetos sobreviveram e diversificaram-se no Triássico.

Período Geológico

O período Permiano foi marcado pelo surgimento dos primeiros répteis e pelo domínio dos sinapsídeos, um grupo de tetrápodes que inclui os ancestrais dos mamíferos. O período Triássico viu a recuperação da vida após a extinção, com o surgimento dos primeiros dinossauros e mamíferos.

4. Extinção do Triássico-Jurássico (201 milhões de anos atrás)

A extinção do Triássico-Jurássico ocorreu no final do período Triássico e no início do período Jurássico. Estima-se que cerca de 80% das espécies tenham sido extintas. Acredita-se que a causa principal tenha sido a atividade vulcânica maciça associada à fragmentação do supercontinente Pangeia.

Impactos

  • Organismos afetados: Grandes anfíbios, répteis não-dinossauros e muitos invertebrados marinhos foram extintos.
  • Grupos sobreviventes: Dinossauros, mamíferos e répteis marinhos sobreviveram e diversificaram-se no Jurássico.

Período Geológico

O período Triássico foi um período de transição entre o Permiano e o Jurássico, com o surgimento de novos grupos de répteis e o início da diversificação dos dinossauros. O período Jurássico é conhecido como a "Era dos Dinossauros", devido ao domínio desses répteis gigantes nos ecossistemas terrestres.

5. Extinção do Cretáceo-Paleogeno (66 milhões de anos atrás)

A extinção do Cretáceo-Paleogeno, também conhecida como extinção K-Pg, é a mais famosa das cinco grandes extinções, pois marcou o fim dos dinossauros não-aviários. Ocorreu no final do período Cretáceo e no início do período Paleogeno. A causa principal foi um impacto de asteroide na Península de Yucatán, no México, que liberou uma enorme quantidade de energia na atmosfera e na crosta terrestre.

Impactos

  • Organismos afetados: Dinossauros não-aviários, amonoides, répteis marinhos e muitos outros grupos de plantas e animais foram extintos.
  • Grupos sobreviventes: Mamíferos, aves (os dinossauros aviários), insetos e plantas com flores sobreviveram e diversificaram-se no Paleogeno.

Período Geológico

O período Cretáceo foi o último período da Era Mesozoica, a "Era dos Répteis". Os dinossauros eram os vertebrados terrestres dominantes, e os mares eram habitados por répteis marinhos e amonoides. O período Paleogeno marcou o início da Era Cenozoica, a "Era dos Mamíferos", com a diversificação dos mamíferos e o surgimento dos primeiros primatas.

O Legado das Extinções em Massa

As extinções em massa tiveram um impacto profundo na história da vida na Terra. Elas não apenas eliminaram um grande número de espécies, mas também remodelaram os ecossistemas e abriram caminho para novas oportunidades evolutivas. Os grupos de organismos que sobreviveram às extinções em massa puderam se diversificar e ocupar os nichos ecológicos vagos, levando ao surgimento de novos grupos de plantas e animais.

As extinções em massa também nos fornecem lições importantes sobre a vulnerabilidade da vida na Terra a eventos catastróficos. Elas nos lembram que a biodiversidade é um recurso valioso que devemos proteger e que as ações humanas podem ter um impacto profundo no meio ambiente. A atual crise de extinção, causada pela atividade humana, é um lembrete de que devemos agir agora para evitar uma sexta extinção em massa.

A Sexta Extinção em Massa?

Atualmente, estamos vivenciando uma taxa de extinção de espécies sem precedentes na história da Terra. Essa crise de extinção, muitas vezes chamada de "Sexta Extinção em Massa", é causada principalmente por atividades humanas, como destruição de habitats, poluição, mudanças climáticas e exploração excessiva de recursos naturais. Se não tomarmos medidas para reverter essa tendência, poderemos enfrentar uma perda catastrófica de biodiversidade, com consequências imprevisíveis para o planeta e para a nossa própria espécie.

Conclusão

As cinco grandes extinções em massa são eventos marcantes na história da Terra, que moldaram a vida no planeta. Compreender as causas e os impactos dessas extinções é fundamental para entendermos a dinâmica da vida na Terra e para nos prepararmos para os desafios ambientais que enfrentamos hoje. A crise de extinção atual é um alerta de que devemos agir com urgência para proteger a biodiversidade e garantir um futuro sustentável para o nosso planeta.